Um estudo realizado pela Genera com base em mais de 200 mil indivíduos que realizaram os testes de ancestralidade, saúde e bem-estar da empresa revela que 24% dos brasileiros testados apresentam maior predisposição genética para desenvolver diabetes do tipo 2.

A diabetes tipo 2 é uma doença associada à dificuldade do organismo de produzir ou responder à insulina, hormônio responsável pelo controle do açúcar, ingerido através dos alimentos, no sangue. Assim sendo, a diabetes caracteriza-se pela hiperglicemia, isto é, por altas taxas de açúcar no sangue de forma permanente.

Diabetes no Brasil e no mundo

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil é o quinto país em incidência de diabetes no mundo, atingindo 16,8 milhões de pessoas diagnosticadas, o que corresponde a aproximadamente 8% da população. O país fica atrás apenas de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. Em todo o mundo, 537 milhões de pessoas adultas vivem com diabetes.

A estimativa para o Brasil é que a incidência da doença chegue a 21,5 milhões de pessoas em 2030. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, a frequência de doenças como obesidade e diabetes vêm aumentando rapidamente em todo mundo, mas de modo especial em países com economia emergente, como é o caso do Brasil.

A diabetes tipo 2, analisada pelo levantamento da Genera, é a forma mais comum da doença, correspondendo a 90% dos casos, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

Diabetes e genética

O estudo da Genera aponta que, entre os brasileiros analisados, 24% apresentam alto risco genético de desenvolver diabetes tipo 2.

Os estados brasileiros com maior prevalência de risco genético são das regiões Norte e Nordeste:

  • Acre: 29%
  • Rondônia: 29%
  • Bahia: 26%
  • Paraíba: 26%

Vale ressaltar, contudo, que ter predisposição genética não significa que a pessoa irá desenvolver diabetes, e que existem diversos outros fatores de risco que influenciam no desenvolvimento da doença, como estilo de vida e idade.

“É importante esclarecer que a genética não é o fator único e determinante para o desenvolvimento da doença. Múltiplos fatores, como estilo de vida, alimentação, hábitos e vícios, possuem uma influência ainda maior. Portanto, é fundamental que os resultados dos testes genéticos sejam acompanhados com a orientação de um especialista”, explica Ricardo di Lazzaro, médico especializado em genômica humana e CEO da Genera.

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Avanço da idade pede cuidado redobrado

Como a diabetes costuma se manifestar principalmente com o avanço da idade, pessoas com mais de 45 anos precisam acompanhar seus riscos mais de perto, junto ao seu médico, para adotar cuidados preventivos e evitar o diagnóstico tardio da doença.

Os bons hábitos de saúde, que ajudam na prevenção da diabetes, devem ser praticados por pessoas de todas as idades. Ter uma alimentação equilibrada e nutritiva, praticar atividades físicas e se consultar regularmente com o médico são essenciais no combate à doença.

Para a prevenção de doenças como diabetes, o Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda uma dieta rica em legumes e verduras e diminuição do consumo de alimentos ultraprocessados.

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Teste genético ajuda na prevenção de diabetes

O autoconhecimento genético pode ajudar na prevenção de diabetes e a alcançar maior qualidade de vida e bem-estar.

Além de identificar predisposições e riscos genéticos, o teste revela informações importantes relacionadas a nutrição e desempenho esportivo, por exemplo, que auxiliam na mudança de hábitos e na adoção de uma medicina preventiva junto ao médico e profissionais da saúde.

“O teste genético é uma importante ferramenta de medicina preditiva e pode ser realizado para detectar não só a propensão a diabetes, mas também a outras diversas doenças. Embora não seja um diagnóstico definitivo, o conhecimento do risco permite que o paciente busque um médico especialista e adote cuidados preventivos a fim de reduzir o risco de ter a doença.” explica Ricardo Di Lazzaro.

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