Muitas vezes, essa dúvida é o ponto de partida para conhecermos nossas raízes e história familiar. Esse caminho nem sempre é rápido pois combina investigação documental e uso de recursos digitais – e a genética, hoje, também pode ajudar.  

Se “Como saber minha ascendência pelo sobrenome?” é uma questão para você, continue a leitura. E saiba como buscar informações oficiais em fontes reconhecidas e oficiais para explorar sua ancestralidade. E como o exame genético pode ajudar nessa busca.  

É possível saber minha ascendência pelo sobrenome? 

Os sobrenomes carregam pistas históricas sobre os nossos antepassados, como origens geográficas, traços linguísticos, filiações patronímicas (como são chamados os nomes de família que derivam do ancestral masculino) ou ocupações e podem, dessa forma, ajuda na busca pela região originária de determinada família.  

Atualmente, algumas plataformas de genealogia permitem realizar buscas por sobrenomes e projetar a distribuição pelo mundo ao longo do tempo. No entanto, apenas o sobrenome não é suficiente para determinar a ascendência, já que há outros fatores ao longo das gerações que podem influenciar – como alteração de grafia, por exemplo.  

Por isso, atualmente, a pesquisa pelo sobrenome nessas plataformas, combinada aos testes genéticos de ancestralidade, podem ser considerados uma forma mais confiável de compor o retrato da história familiar.  

Como saber sobre meus antepassados?

  1. Documentos civis e eclesiásticos 
    Certidões de nascimento, casamento e óbito são importantes para construir a genealogia pois registros paroquiais, de batismos e casamentos, frequentemente contêm nomes de pais, padrinhos e localidades. Arquivos públicos, cartórios ou paróquias locais são fontes essenciais. 
     
    Também registros de imigração, listas de passageiros, naturalizações e recenseamentos ajudam a situar migrantes e trajetórias geográficas. 
  1. Checagem em plataformas e bancos de dados genealógicos 

O FamilySearch, por exemplo, é um site mantido por uma ONG e reúne registros históricos de todo o mundo, permitindo pesquisar sobrenomes e linhagens gratuitamente.  

  1. História oral e memória familiar 
    Conversar com parentes mais velhos pode revelar nomes antigos, locais de nascimento ou migração, apelidos e variantes do sobrenome. Essas pistas ajudam a direcionar as buscas documentais.  

Apagamento cultural 

No Brasil e em outros contextos históricos, alguns processos de apagamento cultural podem dificultar a reconstrução completa de origens familiares. Essas lacunas decorrem de fatores como: 

  • Escravidão: pessoas escravizadas muitas vezes tiveram sobrenomes suprimidos ou substituídos, e seus registros foram fragmentados ou perdidos. 
  • Imposição de sobrenomes pelos colonizadores: era comum a imposição do uso de sobrenomes portugueses ou cristãos para populações indígenas e africanas. 
  • Destruição de arquivos: guerras, catástrofes naturais, falta de preservação e migrações são fatores que pode influenciar na preservação e integridade dos acervos históricos e dificultar as buscas. 
  • Assimilação e perda de identidade étnica: em algumas comunidades, nomes originais foram abandonados ou adaptados para evitar discriminação ou facilitar integração social. 

Teste de ancestralidade 

A busca por documentos e outros registros históricos é, sem dúvida, uma parte importante na reconstrução da história familiar. Recentemente, essa jornada ganhou um aliado: os testes genéticos de ancestralidade, que complementam a pesquisa ao adicionar os dados biológicos na equação.  

Esses testes comparam o seu DNA com populações de referência e indicam percentagens de origens étnicas por regiões geográficas. No Brasil, muitos usuários já estão combinando o uso do sobrenome com o resultado genético para formar um panorama mais robusto da ancestralidade. 

Algumas ressalvas importantes: 

  • A precisão depende da base de dados do serviço genético (quanto mais ampla e diversificada, melhor); 
  • O teste não identifica sobrenomes específicos, apenas traços genéticos coletivos; 
  • Ele auxilia a confirmar deslocamentos regionais ou ancestrais distantes, mas não substitui registros documentais para traçar linhagens específicas. 

Ao unir os resultados do teste e a investigação documental, assim, o objetivo é ampliar a probabilidade de encontrar nomes de antepassados e contextos históricos para um sobrenome, auxiliando a compor esse retrato de forma mais realista.  

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Fonte: Ricardo di Lazzaro Filho, fundador da Genera