A data de 21 de março de cada ano, desde 2006, marca o Dia Internacional da Síndrome de Down. Mas a verdade é que essa ocorrência genética já é de conhecimento da medicina mundial desde 1866. Afinal, foi quando um médico inglês, John Langdon Down, descreveu, pela primeira vez, as características da síndrome. Essa que, no futuro, veio a ser conhecida como é hoje, levando o seu sobrenome.  

São mais de 157 anos desde que a síndrome foi citada pela primeira vez. De lá para cá, muitos estudos foram feitos e a medicina tem avançado cada vez mais na compreensão da mesma.  

No entanto, ainda existem muitos estigmas a serem quebrados e informações para serem disseminadas entre as grandes massas. Por essa razão, a data é importante: um dia exclusivo para promover a inclusão, reflexão e conscientização acerca do tema.  

Pensando nisso, trouxemos neste conteúdo 5 coisas que nunca te contaram sobre a Síndrome de Down e talvez já esteja na hora de você descobrir.  

1 – Síndrome de Down não é uma doença 

Com certeza esse é um dos maiores estigmas que precisa ser desfeito em relação à Síndrome de Down. Ao contrário do que muitos pensam, a nomenclatura “doença” não se enquadra nesse tipo de diagnóstico. Afinal, se trata de uma ocorrência genética e não de uma patologia. Isso significa que é ocasionada devido a alguma alteração no comportamento do material genético presente no seu organismo.   

2 – Ocorre devido a trissomia do cromossomo 21 

Outro ponto importante de ser esclarecido sobre a Síndrome de Down está relacionado ao seu surgimento que de nada tem a ver com questões comportamentais, mas sim genéticas. A síndrome surge devido à trissomia do cromossomo 21.  

Mas o que isso significa? Que as pessoas com esse diagnóstico possuem um cromossomo 21 a mais em todas, ou na maioria, de suas células, contabilizando assim 3 ao invés de apenas 2.  

3 – Mais de 300 mil brasileiros são diagnosticados  

Em décadas de discussões e estudos sobre o tema, provavelmente essa não é a primeira vez que você ouve falar sobre Síndrome de Down. Isso porque, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ao menos 300 mil brasileiros têm esse diagnóstico.  

Ainda de acordo com dados do Governo Federal, foram notificados cerca de 1.978 casos da síndrome entre 2020 e 2021. Com isso, o país conta com uma prevalência geral de 4,16 casos a cada 10 mil nascidos vivos. Dentre as regiões com mais números de diagnósticos estão o Sul (5,48 a cada 10 mil) e Sudeste (5,03 a cada 10 mil).  

4 – Maior propensão a determinados problemas de saúde 

É possível afirmar que pessoas com Síndrome de Down tendem a ser mais suscetíveis a determinados problemas de saúde. Dentre eles, malformações cardíacas, problemas de visão, audição, mais predisposição a diabetes, alterações de tireoide e mais.  

Entretanto, vale ressaltar que a maior suscetibilidade não deve ser entendida como determinista. Sendo assim, não quer dizer que todas as pessoas que possuem a síndrome irão, de fato, desenvolver algum desses problemas.  

5 – Falamos de uma pessoa, não de uma deficiência 

Por fim, mas nem de longe menos importante, é preciso sempre lembrarmos de algo que, muitas vezes, é esquecido. Quando falamos em Síndrome de Down, antes de tudo, falamos de uma pessoa, de várias pessoas. Essas que possuem sua individualidade e suas próprias questões que merecem ser ouvidas, respeitadas e estarem inseridas em múltiplos espaços, assim como qualquer outra que viva em sociedade.  

Por isso, neste Dia Internacional da Síndrome de Down e em qualquer outro, lembre-se sempre: diferenças não devem ser excludentes. Elas aproximam e nos ajudam a construir, juntos, um mundo mais justo, igualitário e confortável para todos.  

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