No Dia Internacional da Mulher muito se fala das lutas e conquistas das mulheres nos últimos anos. Quando falamos em empoderamento feminino é essencial refletirmos também sobre o protagonismo da mulher na busca pela saúde e o bem-estar que são fundamentais para uma vida longa e plena. Aliás, será que aquela máxima “as mulheres vivem mais que os homens” está correta?

Longevidade feminina, saúde e qualidade de vida

Os dados mostram que sim! De acordo com o IBGE, no Brasil os homens vivem cerca de 71,9 anos enquanto as mulheres vivem 79,1, uma diferença de quase sete anos. Isso pode estar relacionado ao maior interesse das mulheres por informações de saúde e a adoção de cuidados preventivos que não só garantem uma vida longa, mas também uma vida com qualidade. Em 2019, por exemplo, a proporção de mulheres que buscaram atendimento médico (82,3%) foi maior que a de homens (69,4%), segundo o Programa Nacional de Saúde (PNS).

A longevidade da mulher está intrinsecamente ligada a uma série de fatores, desde a nutrição e prática regular de atividade física, até a tecnologia e a medicina preventiva. Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e vitaminas essenciais, não apenas fortalece o corpo, mas também contribui para a prevenção de uma série de doenças crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e câncer.

Porém, a sonhada longevidade com qualidade de vida tem outros grandes aliados: a tecnologia e a medicina preventiva.

Longevidade Feminina

Tecnologia e medicina preventiva: aliados na busca por uma vida saudável

A medicina preventiva tem desempenhado um papel fundamental na detecção precoce e na prevenção de doenças. Nesse contexto um aliado tecnológico tem sido os testes genéticos, que surgem como uma ferramenta poderosa na identificação de predisposições genéticas para uma variedade de condições de saúde, incluindo o câncer de mama, que de acordo com o INCA (Instituto Nacional de Câncer), corresponde a 29,7% dos casos de câncer entre as mulheres.

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Os testes genéticos oferecem às mulheres a oportunidade de entender melhor seu perfil genético e tomar medidas proativas para reduzir o risco de desenvolver determinadas doenças. Por meio de uma amostra de saliva há uma análise da Escala de Risco Genético que estuda diversos marcadores que determinam as características genéticas do indivíduo. Esse método calcula como a combinação entre marcadores genéticos diferentes contribui para a probabilidade de desenvolvermos doenças.

No caso do câncer de mama, por exemplo, é possível saber se o risco de uma pessoa desenvolver câncer é maior, menor ou parecido do restante da população brasileira. Um levantamento da Genera, laboratório pioneiro em genômica pessoal no Brasil, identificou que 30,9% das amostras coletadas em seu banco de dados genéticos foram classificadas como alto risco para desenvolver a doença, baseados em uma Escala de Risco Genético.

A detecção precoce de certas mutações genéticas, como nos genes BRCA1 e BRCA2, pode permitir intervenções preventivas e um acompanhamento mais próximo. Há evidências que apontam 95% de chance de cura em casos em que o câncer de mama é diagnosticado em estágio inicial.

No mais, essa ferramenta da medicina preventiva, que tem ficado cada vez mais popular, permite um autoconhecimento muito além da prevenção e identificação precoce de doenças, é possível também entender características genéticas importantes de bem-estar que contribuem com adaptações inteligentes na rotina de cada mulher, como saber sobre a intensidade e duração do seu sono, fome emocional, sensibilidade ao sol, resistência física, fotoenvelhecimento, entre outros.

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Viver com qualidade: acesso a informação e escolhas assertivas

Fornecer às mulheres o acesso a informações sobre saúde e tecnologias inovadoras é fundamental para empoderá-las na tomada de decisões relacionadas à longevidade. Capacitá-las a fazer escolhas assertivas em prol do seu bem-estar é um passo crucial para promover uma vida plena e saudável. É imperativo compreender que a essência da busca pela longevidade não se resume apenas à extensão do tempo de vida, mas, primordialmente, à qualidade desse período. Ao capacitar as mulheres com conhecimento e ferramentas necessárias, possibilitamos que elas conduzam ativamente suas jornadas de saúde, desfrutando não apenas de uma vida longa, mas, acima de tudo, de uma vida repleta de saúde e bem-estar.

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