As doenças cardíacas são um dos principais problemas de saúde em todo o mundo, afetando milhões de pessoas a cada ano. Muitas dessas condições estão relacionadas a fatores como dieta, sedentarismo e estresse, mas a genética também desempenha um papel crucial na predisposição a esses problemas.  

Neste artigo, vamos explorar como as doenças cardíacas podem ser influenciadas pela genética, quais condições podem ser hereditárias, e como o estilo de vida pode ajudar a prevenir ou minimizar os riscos.  

O que são doenças cardíacas?  

Antes de entrarmos no aspecto da genética, é importante entender o que são doenças cardíacas. Em termos simples, doenças cardiovasculares englobam uma série de condições que afetam a estrutura e função do coração. Elas podem envolver: 

  • Doenças coronarianas: causadas pelo estreitamento ou bloqueio das artérias coronárias que irrigam o coração. 
  • Insuficiência cardíaca: quando o coração não consegue bombear sangue de forma eficiente para o corpo. 
  • Arritmias: distúrbios no ritmo cardíaco. 
  • Valvulopatias (doenças das válvulas cardíacas): ocorrem quando uma ou mais válvulas do coração não funcionam adequadamente, comprometendo o fluxo normal do sangue. 
  • Cardiomiopatias: doenças que afetam o músculo cardíaco. 

Essas condições podem levar a sérios problemas de saúde, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), ou até mesmo insuficiência cardíaca terminal. Embora muitas dessas doenças sejam resultantes de fatores de estilo de vida, a predisposição genética também tem um papel importante, que vamos explorar mais a fundo. 

Quais condições e doenças hereditárias afetam o coração? 

A genética tem uma influência significativa em várias doenças cardíacas. A hereditariedade pode aumentar o risco de uma pessoa desenvolver problemas cardíacos, mesmo que ela tenha um estilo de vida saudável. Algumas doenças cardíacas e condições relacionadas que possuem influência genética incluem: 

1. Doença Arterial Coronariana (DAC) 

A Doença Arterial Coronariana – que ocorre quando as artérias coronárias ficam obstruídas por placas formadas por gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias – pode ser influenciada por fatores genéticos. Se um ou ambos os pais têm histórico de DAC, as chances de um filho desenvolver a doença aumentam. 

2. Hipertensão Arterial 

A pressão arterial elevada é um fator de risco importante para doenças cardíacas. A hipertensão pode ser hereditária, e as pessoas com histórico familiar de pressão alta têm maior risco de desenvolvê-la. Ela pode causar danos ao coração, vasos sanguíneos e outros órgãos ao longo do tempo. 

3. Cardiomiopatias Hereditárias 

As cardiomiopatias são doenças que afetam o músculo cardíaco, tornando-o mais espesso ou rígido. Algumas formas de cardiomiopatia, como a cardiomiopatia hipertrófica e a cardiomiopatia dilatada, podem ser herdadas. Essas condições podem levar a insuficiência cardíaca e aumento do risco de arritmias perigosas. 

4. Arritmias Cardíacas Familiares 

As arritmias, distúrbios do ritmo cardíaco, podem ter uma forte base genética. Algumas formas de arritmia, como a síndrome de Wolff-Parkinson-White e a síndrome do QT longo, podem ser herdadas. Essas condições podem causar batimentos cardíacos irregulares e aumentar o risco de problemas mais graves, como parada cardíaca súbita. 

5. Hipercolesterolemia Familiar 

A hipercolesterolemia familiar é uma condição genética que resulta em altos níveis de colesterol LDL (“ruim”) no sangue, o que pode aumentar o risco de doenças cardíacas. Pessoas com essa condição têm um risco significativamente maior de desenvolver doença arterial coronária precocemente.

Como a genética influencia na predisposição a doenças do coração?  

A genética pode influenciar o risco de doenças cardíacas de várias maneiras. A herança de certas variantes genéticas pode afetar a maneira como o corpo processa gordura, colesterol e outros elementos essenciais para o funcionamento do sistema cardiovascular. Além disso, elas também podem afetar a estrutura e o funcionamento do coração e dos vasos sanguíneos. 

A interação entre os genes e os fatores ambientais, como dieta e atividade física, é complexa. Mesmo se alguém tiver uma predisposição genética para doenças cardíacas, adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir o risco e minimizar o impacto da genética.

Doenças do coração e estilo de vida  

Embora a genética desempenhe um papel importante na predisposição a doenças cardíacas, o estilo de vida é um fator crucial para a prevenção e controle dessas condições. Fatores como dieta, nível de atividade física, controle do estresse e tabagismo podem afetar significativamente a saúde do coração. 

1. Alimentação saudável 

Uma dieta rica em frutas, verduras, grãos integrais e fontes magras de proteína, como peixes, pode ajudar a reduzir os níveis de colesterol e pressão arterial. Além disso, limitar a ingestão de alimentos processados, ricos em gordura saturada e trans, é fundamental para a prevenção de doenças cardíacas. 

2. Atividade física 

O exercício regular é um dos melhores hábitos para manter o coração saudável. Ele ajuda a controlar o peso, reduzir o colesterol ruim, aumentar o colesterol bom (HDL) e melhorar a pressão arterial. A prática de atividades aeróbicas, como caminhada, corrida e natação, é especialmente benéfica. 

3. Evitar o tabagismo 

O tabagismo é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas, pois danifica as artérias e contribui para o acúmulo de placas de gordura. Parar de fumar pode melhorar a saúde do coração em curto e longo prazo. 

4. Controle do estresse 

O estresse crônico pode ter efeitos prejudiciais no coração, contribuindo para o aumento da pressão arterial e do risco de infarto. Técnicas de relaxamento, como meditação, yoga e práticas de respiração, podem ser eficazes no controle do estresse. 

Mesmo que a genética influencie o risco de doenças cardíacas, um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir significativamente esse risco e promover a saúde cardiovascular ao longo da vida. 

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Revisado por: Larissa S. Penna, Biomédica, Doutora em Biologia Celular e Molecular e Analista de Pesquisa e Desenvolvimento na Genera