
Sim, sua genética pode influenciar diretamente como você consome e metaboliza a cafeína.
Uma pesquisa publicada na revisa Neuropsychopharmacology, identificou a associação entre o gene ADORA2A, que codifica um tipo de receptor de adenosina e está envolvido em diversos processos no organismo incluindo a regulação do ritmo cardíaco, com o aumento da ansiedade após o consumo de cafeína.
Além disso, o gene TAS2R38, que está relacionado à percepção de sabores amargos, também pode influenciar sua preferência por bebidas cafeinadas. A seguir, descubra outras curiosidades sobre a substância e como a genética afeta seu consumo!
Como a cafeína age no corpo?
A cafeína é um estimulante natural que age bloqueando a ação da adenosina, um neuromodulador essencial no ciclo do sono e responsável pela sensação de sonolência. Ao fazer isso, ela aumenta a liberação de substâncias como dopamina e adrenalina, que geram maior estado de alerta, energia e foco.
No corpo, seus efeitos incluem melhora temporária da atenção, aumento da memória e até melhor desempenho físico. Por isso, ela é amplamente consumida tanto no trabalho quanto em atividades físicas.
No entanto, o tempo de duração desses efeitos pode variar de pessoa para pessoa. Para indivíduos com metabolismo rápido, a cafeína é processada mais rapidamente, enquanto para outros, ela pode permanecer ativa por várias horas, interferindo no sono ou causando irritabilidade.
Embora benéfica em doses moderadas, o consumo excessivo pode trazer riscos, como aumento da frequência cardíaca, ansiedade e desconforto gastrointestinal. Diante disso, é essencial entender seus limites pessoais, que podem ser influenciados pela genética e pelo estilo de vida.
É possível viciar em cafeína?
Sim, o consumo frequente de cafeína pode levar à dependência. Embora seja considerada uma substância segura em quantidades moderadas, ela tem o potencial de causar sintomas de abstinência em quem interrompe o consumo abruptamente, como dores de cabeça, irritabilidade, cansaço excessivo e dificuldade de concentração.
Isso ocorre porque, ao bloquear a ação da adenosina, a cafeína cria uma espécie de “dependência ” no organismo. Para evitar isso, especialistas recomendam que o consumo diário não ultrapasse 400 mg, o equivalente a cerca de quatro xícaras de café.
Além disso, é importante estar atento aos sinais do corpo. Sendo assim, se você percebe que precisa de mais cafeína para obter o mesmo efeito ou que está tendo dificuldade para dormir, pode ser hora de repensar seus hábitos. Lembre-se de que o equilíbrio é a chave para manter uma relação saudável com a cafeína.
Se você já se perguntou por que reage de determinada forma ao consumo de cafeína, a resposta pode estar na sua genética. Com os testes da Genera, você pode descobrir como seus genes influenciam não apenas sua relação com a cafeína, mas também diversos outros aspectos da sua saúde e bem-estar.
Qual é a recomendação de consumo de café?
O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo e, quando ingerido com moderação, pode trazer benefícios à saúde.
O consumo ideal de café varia de acordo com cada pessoa, mas, em geral, recomenda-se uma ingestão diária de até 400 mg de cafeína, o que equivale a cerca de quatro xícaras de café coado. Essa quantidade é considerada segura para a maioria dos adultos saudáveis e está associada a benefícios, como aumento da atenção, melhora do humor e até redução do risco de doenças, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.
No entanto, é importante estar atento ao fato de que o excesso de café pode ter efeitos adversos. Sintomas como insônia, aumento da ansiedade e irritabilidade são comuns quando o consumo de cafeína ultrapassa o limite recomendado.
Como a genética influencia no seu consumo com o café?
Um estudo recente divulgado pela Neuropsychopharmacology aponta que a genética pode ter um papel importante na forma como cada pessoa processa e responde ao consumo de café. O estudo sugere que algumas variações genéticas podem influenciar a sensibilidade à cafeína, o que ajuda a explicar por que algumas pessoas se sentem mais energizadas com pequenas quantidades de café, enquanto outras podem consumir grandes quantidades sem perceber grandes efeitos.
Essas diferenças individuais estão relacionadas a genes que controlam a metabolização da cafeína no fígado e o impacto que ela tem no sistema nervoso central. Por exemplo, pessoas com uma variante genética que desacelera a metabolização da cafeína podem sentir seus efeitos por mais tempo e, consequentemente, podem ser mais suscetíveis a sintomas de excesso de cafeína, como ansiedade e palpitações.
Logo, entender o impacto da genética no consumo de café pode ser útil para ajustar a ingestão diária de acordo com o perfil genético individual.
Como diminuir seu consumo de cafeína
Se você tem notado que está consumindo café em excesso ou tem sofrido com os efeitos da cafeína, como ansiedade, insônia ou aumento da pressão arterial, é importante considerar a redução do consumo.
Uma das formas mais eficazes de diminuir o consumo de cafeína é fazer isso gradualmente. A redução abrupta pode causar sintomas de abstinência, como dor de cabeça e fadiga, então o ideal é ir reduzindo aos poucos a quantidade consumida diariamente.
Outra estratégia é substituir gradualmente o café por outras bebidas com menor teor de cafeína, como chás ou até mesmo versões descafeinadas do café. A hidratação também pode ajudar: ao beber mais água ao longo do dia, você reduz a necessidade de consumir cafeína para manter-se alerta.
Além disso, criar uma rotina de sono saudável é outra dica fundamental para diminuir a dependência da cafeína. Quando você dorme bem, a necessidade de café para combater a fadiga diminui significativamente.
Busque ainda adotar atividades relaxantes, como meditação, e exercícios físicos, isso pode ajudar a reduzir os níveis de estresse e, consequentemente, a vontade de consumir cafeína como um estimulante.
Saiba mais com a Genera
Quer entender melhor como sua genética influencia não só no consumo de café, mas também em outros aspectos da sua saúde? A Genera oferece um serviço completo de testes genéticos que podem revelar informações importantes sobre a sua saúde e ancestralidade.
Agora é o momento de investir em seu autoconhecimento. Um teste genético pode ser o primeiro passo para adotar um estilo de vida mais saudável e personalizado de acordo com suas necessidades. Clique aqui para começar sua jornada de autodescoberta com a Genera.
Revisado por: Larissa S. Penna, Biomédica, Doutora em Biologia Celular e Molecular e Analista de Pesquisa e Desenvolvimento na Genera