Você sabe por que a dieta mediterrânea é tão famosa? Ela combina uma série de alimentos muito consumidos pelas populações do sul da Europa, do norte da África e de alguns países do Oriente Médio, que vivem às margens do mar Mediterrâneo.

Aqui te contamos quais alimentos são esses e, também, quais são os benefícios dessa dieta para o nosso corpo. Além disso, explicamos como, a partir de uma simples amostra de saliva, é possível saber se a dieta mediterrânea é ou não eficaz para o seu organismo.

Ficou curioso? Confira o texto abaixo.

Pães, legumes e cereais – regados a muito azeite

A busca pela saúde através da alimentação vem desde a Antiguidade, como já explicava o filósofo grego Hipócrates: “que o alimento seja seu medicamento e o medicamento seja o seu alimento”.

Hoje, a relação entre nutrição e saúde tornou-se uma das maiores preocupações da humanidade e dos cientistas, que procuram descobrir nos alimentos o caminho em direção à longevidade com qualidade de vida. Dessa maneira, diversos estudos tentam encontrar dietas balanceadas, que variam dependendo do metabolismo e dos objetivos de cada pessoa.

Uma dieta bastante popular e pesquisada pelos profissionais da nutrição é a dieta mediterrânea. Alguns estudos comprovam os benefícios à saúde proporcionados pelas substâncias presentes nos alimentos dessa dieta e, também, demonstram que doenças crônico-degenerativas podem ser prevenidas ou amenizadas com uma alimentação saudável.

A dieta do Mediterrâneo originou-se com as populações que habitavam a região do mar Mediterrâneo, no norte africano, no sul europeu e na região do Levante. Exemplos de países mediterrâneos são Egito, França, Grécia, Itália, Israel, Líbano e Tunísia.

A dieta mediterrânea foi elaborada com base na alimentação das populações que vivem às margens do mar Mediterrâneo, em países como a Grécia.

O termo “dieta mediterrânea” e a descrição desse padrão alimentar foram pensados na década de 1950 pelo médico fisiologista Ancel Keys. Para criar a dieta, ele tomou como base observações que fez em Salermo, na Itália, a partir de 1945, em uma viagem com o exército.

A dieta mediterrânea caracteriza-se pelo consumo de uma quantidade abundante de alimentos de origem vegetal, por alimentos pouco processados e de produção local, tais como frutas, vegetais, grãos e nozes, e também de pães e cereais. Enquanto as frutas frescas são frequentes para a sobremesa, doces concentrados em açúcar ou mel são consumidos poucas vezes na semana.

A principal fonte de gordura da dieta é o azeite de oliva e o tipo de carne mais preparada é o peixe. Frango e carne vermelha, por sua vez, são consumidos em quantidades pequenas e moderadas. Há o consumo de queijos e iogurte, mas, em geral, os laticínios são consumidos em quantidades reduzidas. Enquanto isso, o consumo de ovos é de até quatro vezes na semana. A dieta inclui, também, o vinho, que é consumido moderadamente nas refeições.

Devido aos alimentos que a compõem, a dieta do Mediterrâneo tem despertado grande interesse científico. Os pesquisadores entendem que esse tipo de alimentação pode trazer diversos benefícios à saúde, incluindo a prevenção de muitas doenças, especialmente as cardíacas. Os alimentos dessa dieta são ricos em ácidos graxos monoinsaturados, que ajudam a diminuir os níveis do LDL – o colesterol “ruim” – do nosso corpo. Além disso, constatou-se que povos da região mediterrânea têm menores índices de câncer e possuem uma vida mais longa quando comparados a outras populações.

Por incentivar o consumo de alimentos de origem vegetal, como as oleaginosas e leguminosas, diariamente e desencorajar o consumo de carne vermelha e aves, a dieta mediterrânea facilita o bom funcionamento do organismo e a prevenção de doenças. Para que os efeitos benéficos sejam observados, entretanto, é necessário o acompanhamento de um profissional especializado, com o intuito de elaborar uma dieta que leve em consideração a quantidade, a qualidade e a frequência dos alimentos consumidos e as necessidades do corpo de cada indivíduo.

O azeite de oliva é consumido em abundância na dieta mediterrânea. Os maiores produtores do alimento são banhados pelo Mediterrâneo.

A dieta mediterrânea serve para o meu corpo?

Antes de se iniciar uma dieta, sempre devemos nos perguntar se ela realmente é a mais adequada ao nosso corpo e se ela supre todos os nutrientes e vitaminas que necessitamos.

A dieta mediterrânea, apesar de parecer saudável e rica em nutrientes, pode funcionar melhor em certos organismos, dependendo da genética de cada pessoa. Além disso, é imprescindível o acompanhamento de um nutricionista especialista no tema.

Pessoas que têm uma determinada mutação genética podem sentir com mais eficácia os efeitos da dieta mediterrânea. Trata-se do gene PPAR-gama, associado ao armazenamento de gordura no corpo. Quem apresenta uma determinada variante nesse gene tem uma facilidade maior de perder peso ao ingerir os alimentos da dieta mediterrânea, por estes colaborarem na metabolização de gorduras.

Os indivíduos que não apresentam essa variante também podem se beneficiar da dieta mediterrânea, porém em menor escala. Para que os efeitos das dietas sejam potencializados, é fundamental que elas estejam associadas à prática regular de exercícios físicos e a hábitos de vida saudáveis.

Como minha genética influencia as dietas?

É possível descobrir os impactos da nossa genética sobre o nosso corpo a partir do Teste de Ancestralidade, Saúde e Bem-Estar da Genera. A partir de apenas uma amostra de saliva – que pode ser coletada em casa –, você consegue saber as dietas e os exercícios físicos mais adequados ao seu corpo, predisposições a doenças genéticas e à deficiência de vitaminas, como cuidar da pele e muito mais.

Dá ainda para desvendar a origem geográfica dos seus antepassados e, até mesmo, encontrar pessoas que compartilham trechos DNA com você. Tudo isso sem sair de casa. Conheça mais sobre os testes genéticos da Genera e saiba o que o seu DNA tem para te dizer.

Você pode ver um exemplo de como os resultados do teste são apresentados.

Texto escrito em colaboração com Luana Friedrich, doutoranda e mestre em nutrição pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, pós-graduanda em avaliação metabólica e nutricional com ênfase em interpretação de exames laboratoriais e especialista em saúde da família e em nutrição clínica.