Não é segredo nenhum que a expectativa de vida está aumentando no mundo todo. No Brasil, dados do IBGE indicam que os brasileiros estão vivendo, em média 76,4 anos. Uma das causas para isso é a medicina preventiva, também chamada de medicina 3.0 ou 4P. A abordagem que evita o aparecimento ou agravamento de doenças por meio de ações proativas e contínuas.  

O foco dessa estratégia está em identificar fatores de risco de forma precoce e estimular a adoção de hábitos saudáveis para minimizar riscos à saúde. Continue a leitura para saber mais sobre ela.  

O que é medicina preventiva?

O conceito de medicina preventiva nasceu como uma resposta à visão tradicional da medicina, até então centrada apenas no tratamento das doenças já instaladas.

Essa abordagem propõe uma mudança de foco: em vez de agir apenas quando a enfermidade aparecer, antecipa-se a ela, prevenindo seu aparecimento e minimizando seus efeitos sobre a saúde e a qualidade de vida dos pacientes. 

Dessa forma, a especialidade reúne métodos e estratégias voltados à detecção precoce de alterações e ao controle de fatores de risco.

Na rotina, a medicina preventiva se traduz em ações simples, mas consistentes, que favorecem o equilíbrio físico e mental, como manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas com regularidade e realizar check-ups periódicos para monitorar parâmetros básicos de saúde. 

Essas medidas, combinadas, ajudam a reduzir a probabilidade de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, cujas complicações podem levar a quadros graves — como AVC e perda de visão.

Além disso, também ajudam a detectá-las de forma precoce, permitindo o início rápido do tratamento e reduzindo o risco de sequelas graves que prejudicam a qualidade de vida.  

Existe quatro níveis de medicina preventiva:  

  • Primário: foco em evitar que a doença se instale por meio de orientação e recomendações para mitigar fatores de risco.  
  • Secundário: o diagnóstico da doença é feito de forma precoce, e logo é iniciado o tratamento, impedindo o seu avanço.  
  • Terciário: tentativa de reduzir os sintomas para que as funções do organismo não sejam comprometidas.  
  • Quartenário: identificar o risco de excesso de medicação ou intervenções desnecessárias, que podem ter consequências mais graves do que a própria doença.  

Qual a importância da medicina preventiva?

A medicina preventiva está diretamente ligada à longevidade das pessoas e à melhora da qualidade de vida das populações. Além disso, ela tem outros benefícios também para o sistema de saúde como um todo.  

Ao intervir antes do desenvolvimento pleno das doenças, reduz-se o número de adoecimentos graves, hospitalizações e custos associados ao tratamento de doenças em estágios avançados. 

No Brasil, onde as doenças crônicas não transmissíveis — como diabetes, hipertensão e eventos cardiovasculares — representam grandes desafios, a ênfase em prevenção torna-se ainda mais relevante como estratégia nacional. 

Além disso, estudos apontam que abordagens preventivas ajudam a reduzir mortalidade e morbidade, ao mesmo tempo em que promovem o bem-estar e ajudam a realocar recursos do sistema de saúde para ações mais eficientes e menos onerosas. 

Objetivos principais da medicina preventiva 

  1. Promoção da saúde: incentivar comportamentos saudáveis como alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas, controle do tabagismo, consumo moderado de álcool e gerenciamento do estresse / promoção de saúde mental. 
  1. Identificação de riscos: detectar fatores de predisposição para problemas como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, obesidade e histórico familiar de doenças para avaliar o risco de desenvolver esses problemas em algum momento da vida. 
  1. Diagnóstico precoce: realizar exames periódicos de rastreamento para captar alterações em fases iniciais, quando intervenções são geralmente menos invasivas e têm melhor resposta. 
  1. Minimização de complicações: nas doenças já diagnosticadas, o objetivo é conter a sua progressão, prevenindo novas lesões e melhorando a qualidade de vida do paciente. 

Exemplos de práticas de medicina preventiva 

  • Vacinação contra doenças infecciosas (ex: hepatites, Influenza, HPV, covid-19, Herpes-zóster, etc.). 
  • Campanhas de conscientização e promoção de hábitos saudáveis. 
  • Check-up com a realização de exames de rastreamento periódico (mamografia, Papanicolau, colonoscopia, exames de colesterol, glicemia etc.). 
  • Monitoramento e controle de fatores de risco para pressão arterial, índice de massa corporal, lipídios e triglicérides. 
  • Ações de vigilância epidemiológica e políticas públicas que assegurem saneamento ambiental, controle de vetores e acesso a água potável. 
  • Programas de suporte nutricional, cessação do tabagismo, manejo do estresse e da saúde mental. 

Teste genético da Genera 

Uma das ferramentas da medicina de precisão é o uso de testes genéticos para identificar possíveis predisposições genéticas para doenças como hipertensão, diabetes e câncer. No Brasil, a Genera é um laboratório pioneiro nessa área, oferecendo produtos de análise de ancestralidade, saúde e bem-estar.  

O teste genético da Genera examina mais de 500 mil pontos do DNA para estimar risco genético para doenças, características de metabolismo, absorção de nutrientes e informações relacionadas à saúde e longevidade. 

É importante dizer que esse tipo de teste não dá um diagnóstico definitivo, mas sim oferece uma “escala de risco” com base em variantes genéticas — ou seja, indica predisposição ou maior risco de desenvolver o problema.  

Com essa informação em mãos, é possível tomar decisões de forma assertiva para tentar impedir ou ao menos atrasar a progressão da doença no organismo. Uma pesquisa conduzida pela Genera em parceria com a USP, por exemplo, apontou que 64% dos participantes informaram ter adotado mudanças importantes em seus hábitos de saúde após receberem os resultados do teste.  

Por fim, embora o teste genético seja uma ferramenta interessante de autoconhecimento e prevenção, é importante lembrar que ele não substitui exames diagnósticos nem consultas médicas. Testes genéticos diretos ao consumidor (DTC), como o da Genera, estimam predisposições com base em variantes analisadas, mas não determinam com certeza se uma doença vai ou não se desenvolver.  

Por isso, os resultados devem sempre ser interpretados com apoio de um profissional de saúde, considerando também histórico familiar, estilo de vida e outros exames complementares. Assim, a genética pode ser integrada de forma responsável dentro de uma abordagem ampla de saúde preventiva. 

Comprar teste Veja um exemplo

Fonte: Ricardo di Lazzaro Filho, fundador da Genera