Muita gente que faz treinos de força e musculação tem como meta a hipertrofia muscular. Mas o que seria isso?

Ela nada mais é do que o nome técnico para o aumento do tamanho dos músculos do corpo, um resultado obtido após estímulos físicos e adaptações a nível celular. Se esse é o seu foco, siga a leitura e saiba mais sobre o tema. 

O que é hipertrofia?

Hipertrofia muscular é o aumento dos músculos, em tamanho e volume. Isso acontece quando a musculatura recebe estímulos específicos, ou seja, é exigida por alguma atividade física que provoque uma sobrecarga (controlada!), como ocorre durante exercícios com carga.  

Vale lembrar que o corpo tem músculos em diversas áreas e, por isso, é importante estimular diferentes grupos musculares para evitar algum desequilíbrio e aumentar o risco de dores e lesões, por exemplo.  

Além da parte estética, a hipertrofia muscular está associada a uma vida mais longeva e um envelhecimento mais saudável, principalmente por reduzir o risco de problemas como quedas, fraturas e falta de autonomia durante essa fase da vida – além, claro, de também melhorar a saúde cardiovascular e até cognitiva.  

Como acontece a hipertrofia

A hipertrofia muscular acontece quando exercícios de resistência (como os treinos de força e musculação) causam microtraumas nas fibras musculares. Durante o processo de cicatrização e reparo, esses tecidos se tornam maiores e mais fortes.  

Esse crescimento é impulsionado por fatores como a síntese de novas proteínas, a ação de hormônios (como testosterona e hormônio do crescimento) e a recuperação com ingestão adequada de proteínas. O descanso adequado também é fundamental para que o corpo consiga passar por esse processo.  

Como garantir a hipertrofia 

Para favorecer a hipertrofia muscular, alguns fatores são considerados essenciais, tais como: 

  • Volume de treino (número de séries por grupo muscular semanal) desempenha papel importante. Estudos sugerem que entre 12 e 20 séries por grupo muscular por semana é um intervalo eficaz para ganhar músculos. 
  • Frequência de estímulo: treinar um mesmo grupo muscular mais vezes por semana pode proporcionar efeito maior de hipertrofia quando comparado a menor frequência (com volume total igual). 
  • A intensidade / proximidade da fadiga muscular (usar carga que permita esforço elevado) também favorece aumento de síntese proteica e favorece o ganho de músculos.  

Você ficou sem treinar por um tempo? Nem tudo está perdido. Isso porque contamos com a memória muscular, nome dado à capacidade do corpo de recuperar massa e força mais rapidamente após um período sem treino.

Isso acontece porque, mesmo quando há perda aparente de volume, as fibras mantêm adaptações celulares que facilitam o retorno ao desempenho anterior.

Ou seja, quem já treinou antes tende a reconquistar os resultados de forma mais rápida quando retoma os exercícios. 

Exercícios para ganhar massa muscular

O melhor treino para o ganho de massa muscular deve ser orientado por um profissional de educação física, de forma individualizada. Mas, de forma geral, podemos dizer que alguns exercícios consumam ser indicados, como: 

  • Agachamentos 
  • Levantamento terra 
  • Supino 
  • Remada 
  • Desenvolvimento de ombros 
  • Flexão de braços 
  • Leg press 

Alimentação para hipertrofia

Da mesma forma, o cardápio para a hipertrofia deve ser montando por uma nutricionista, que vai levar em conta as características da pessoa, seus hábitos, preferências e treinamento.

Mas, em geral, essas recomendações costumam ser comuns: 

  • Aumentar o consumo de proteínas 
  • Não dispensar os carboidratos, mantendo-os na alimentação  
  • Consumir gorduras saudáveis, como carnes magras e azeite 
  • Distribuir as refeições ao longo do dia, evitando o jejum prolongado 
  • Manter um bom aporte calórico: suficiente para dar combustível para os treinos e a recuperação dos mesmos 

Vale reforçar que a suplementação com whey protein e outros produtos (como creatina) ligados à hipertrofia só deve ser feita se recomendada e sob orientação de um médico ou profissional da saúde. 

Acompanhamento com profissionais  

Ao contar com o acompanhamento de especialistas, você pode focar melhor os esforços de acordo com as suas metas e ainda reduzir os riscos para a saúde.  

Um profissional de educação física (personal trainer), por exemplo, pode elaborar treinos de acordo com o nível e os objetivos de cada aluno, ajustar técnica e progressão de cargas.  

Já um nutricionista pode orientar e adequar a alimentação, equilibrando o consumo de macronutrientes e calorias de acordo com as necessidades e possibilidades individuais.  

O acompanhamento com os dois permite que o treino “case” com a alimentação e ainda a evitar erros que retardam o progresso. 

Erros que atrapalham a hipertrofia muscular 

Alguns erros comuns podem comprometer o processo de hipertrofia. Entre eles, temos: 

  • Treinar de forma excessiva sem dar tempo para o corpo descansar e se recuperar, além de se adaptar ao esforço de forma progressiva; 
  • Ingerir quantidade insuficiente de proteínas ou fazer dietas muito restritivas, com déficit calórico alto; 
  • Manter sempre as mesmas cargas e exercícios, sem progressão ou variação de estímulos.  

Quanto tempo dura o processo de hipertrofia muscular? 

O processo de hipertrofia é bastante individual e varia de acordo com a genética, a experiência do treino, a consistência e frequência do exercício e a estratégia nutricional adotada.

Mas, em média, podemos dizer que os ganhos de massa mais expressivos tendem a aparecer após seis semanas de treinamento constante e consistente.  

Treino de hipertrofia: exemplo

O treino de hipertrofia precisa ser elaborado por um profissional da educação física levando-se em consideração fatores como idade, nível de condicionamento físico e objetivos individuais.  

Geralmente, cada sessão de treino movimenta um ou dois grupos musculares específicos, com exercícios compostos de três a cinco séries com oito a 12 repetições cada. A progressão de carga e variação de exercício devem ser aplicadas ao longo das semanas de forma progressiva, para não sobrecarregar o corpo.  

Confira abaixo um modelo de treino com foco em hipertrofia: 

  • Segunda: Peito + tríceps 
  • Terça: Costas + bíceps 
  • Quarta: Pernas (quadríceps, glúteos, isquiotibiais) 
  • Quinta: Ombro + trapézio 
  • Sexta: Repetir ou foco em musculaturas que exigem mais atenção 
  • Sábado / domingo: descanso ativo / recuperação 

Hipertrofia emagrece? 

Não, a hipertrofia, sozinha, não emagrece. No entanto, indiretamente, ela pode, sim, ajudar no processo de perda de peso.

Isso porque quando ganhamos músculo (massa magra), isso eleva o metabolismo basal e favorece o aumento de gasto calórico diário.

Mas esse processo precisa estar aliado a um plano alimentar com foco em perda de peso e ganho de massa magra. 

Como a genética pode influenciar? 

Como dissemos, o processo de hipertrofia pode variar de forma individual – e a genética é um dos fatores que explica essa variação. Algumas pessoas têm predisposição natural para aumento de fibras musculares, maior eficiência na sinalização celular e capacidade de regeneração, por exemplo.  

Ou seja, embora as diretrizes e orientações funcionem de maneira geral, nem todos os indivíduos irão responder da mesma forma aos exercícios físicos e planos alimentares – daí a importância de se ter acompanhamento personalizado. 

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O painel Fit Genera é um teste que avalia predisposições e características genéticas associadas ao desempenho esportivo e às atividades físicas. São exemplos a resistência física, resposta ao exercício, densidade óssea e força muscular. 
 
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Fonte: Dra. Clarisse Ponte, médica endocrinologista da Dasa e Ricardo di Lázaro Filho, fundador da Genera