
Resistência física é a capacidade que o corpo tem de continuar em movimento sem se cansar excessivamente. Manter um bom nível de resistência é importante não só para quem pratica esporte.
Ela interfere na nossa qualidade de vida e capacidade de realizar tarefas com mais energia e menos esforço.
Essa capacidade pode ser desenvolvida e aprimorada por qualquer pessoa. Mas, a construção da resistência envolve diferentes tipos de esforço, estratégias de treino e até mesmo o que está escrito no nosso código genético.
Resistência física: o que é?
Resistência física é a capacidade do corpo de sustentar um esforço sem ficar exausto, ou seja, se cansando menos. Ela permite realizar atividades por um período prolongado – tanto nos esportes como em tarefas comuns do dia a dia.
A resistência envolve a eficiência dos sistemas respiratório e cardiovascular, além dos músculos, todos trabalhando juntos. Em outras palavras, ter uma boa resistência significa que seu coração, pulmões e músculos conseguem lidar bem com o esforço contínuo.
O oxigênio é o “combustível” para as células musculares durante a atividade física. E, se você tem boa resistência, o corpo se torna mais eficiente no transporte e no uso deste oxigênio.
Na prática, uma pessoa com boa resistência se cansa menos. Ela consegue caminhar mais rápido, brincar com os filhos por mais tempo ou carregar as compras do mercado sem ficar “acabada” depois. É um dos principais benefícios de um estilo de vida ativo.
Tipos de resistência física
A resistência se divide em dois tipos principais. Um deles é a resistência cardiovascular, também chamada de aeróbica.
Trata-se da capacidade do coração e dos pulmões de fornecer oxigênio aos músculos durante um exercício contínuo. E é o que permite que você corra, nade ou pedale por longos períodos.
Já a resistência anaeróbica é a capacidade de realizar esforços intensos e de curta duração, onde o corpo utiliza outras fontes de energia diferentes do oxigênio, como, por exemplo, o glicogênio.
Esse tipo de resistência é muito útil para atividades que exigem força, como corridas de curta distância, saltos e arremessos, por exemplo.
Formas de melhorar a resistência física
Melhorar a resistência é um processo gradual. E a combinação de exercícios cardiovasculares e de força é a melhor estratégia para trabalhar as resistências aeróbica e anaeróbica.
Aqui estão alguns exemplos de estímulos:
- Corrida e caminhada: as formas mais acessíveis de exercício aeróbico. A prática regular fortalece o coração e os pulmões. Começar com caminhadas para, então, evoluir para a corrida, é a melhor estratégia.
- HIIT: O treino intervalado de alta intensidade intercala picos de esforço máximo com períodos de recuperação. Ele é ótimo para melhorar a capacidade cardiovascular.
- Natação: trabalha a capacidade cardiovascular e fortalece a musculatura expiratória – o que melhora a respiração e a resistência geral.
- Calistenia: usa o peso do próprio corpo para gerar força. Exercícios como barra fixa, agachamentos e flexões, feitos de forma consistente, aumentam tanto a força quanto a resistência muscular.
Comece com treinos mais curtos e menos intensos, e aumente gradualmente a duração ou a intensidade dos exercícios. Seu corpo precisa de tempo para se adaptar.
São inúmeros os benefícios do esporte. A prática regular melhora o humor, a saúde mental e a qualidade do sono, fortalece o sistema imunológico, reduz o risco de condições crônicas, como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, e aumenta a disposição e a resistência para as atividades diárias.
A genética pode ter influência na resistência física?
Sim, a genética tem influência na resistência física. Certos genes podem predispor uma pessoa a ter melhor performance em atividades cardiovasculares ou de força.
Porém, os fatores genéticos não determinam que uma pessoa será atleta ou ativa. Na verdade, o treinamento é fundamental e mais importante que a predisposição genética.
Estudos apoiados pela Fapesp investigam essa relação. Um deles destaca o gene ACTN3, conhecido como “gene da velocidade”. Variações nesse gene estão associadas a fibras musculares que favorecem explosão ou resistência.
Pessoas com duas cópias da variante associada à resistência tendem a se dar melhor em provas de longa distância, por exemplo.
Mas o corpo humano tem uma incrível capacidade de adaptação. É a chamada “plasticidade fenotípica”. Isso significa que o treinamento pode modificar as características dos nossos músculos, recrutando fibras musculares específicas de acordo com o treino.
Treinos de corrida de longa distância, por exemplo, podem aumentar o número de mitocôndrias nas células, as usinas de energia do corpo. E isso otimiza o uso de oxigênio e melhora o desempenho esportivo em provas de resistência, mesmo sem a “genética ideal”.
Painel Genera Fit
O Painel Genera Fit é um teste genético que analisa o DNA e revela diversas predisposições ligadas à prática de atividades físicas. Essas informações ajudam a personalizar treinos e a tomar decisões mais assertivas.
O foco do painel é auxiliar na elaboração de treinos personalizados e eficientes. Ele oferece um mapa de como seu corpo tende a responder aos exercícios.
E, com essas informações, é possível direcionar os treinos para seus pontos fortes ou trabalhar para melhorar suas fraquezas genéticas.
O painel avalia uma série de características genéticas, entre elas:
- Performance atlética (predisposição para esportes de resistência ou velocidade/força);
- Força muscular;
- Resistência muscular;
- Ganho de massa muscular;
- Capacidade cardiorrespiratória;
- Danos musculares induzidos pelo exercício;
- Tendinopatia de Aquiles;
- Recuperação da frequência cardíaca após o exercício físico.
Revisado por: Revisado por: Larissa Bonasser, Bióloga, Mestre em Ciências da Saúde e Analista de Pesquisa e Desenvolvimento na Genera