Predisposição genética é a maior probabilidade de desenvolver certas doenças ou condições de saúde com base nas informações contidas no DNA de uma pessoa.

Hoje, já conseguimos identificar essas predisposições por meio de testes genéticos preditivos, o que permite a adoção de medidas preventivas e tratamentos personalizados.

Predisposição genética: o que é?

A predisposição genética é uma possibilidade que você tem, por causa de variações no seu DNA, de desenvolver alguma condição. Isso não quer dizer que você vai ter a doença ou condição, mas que existe uma chance maior, comparado a quem não tem essas variações genéticas.

Cada pessoa nasce com um conjunto único de genes, herdados dos pais. Alguns desses genes podem ter variações que aumentam a chance de doenças como câncer, diabetes, colesterol alto, obesidade, entre outras.

Ter uma predisposição genética é como saber que você tem uma estrada com buracos à frente — você ainda pode escolher desviar ou dirigir com mais cuidado.

O que causa a predisposição genética?

A predisposição genética é causada por variações no seu DNA herdadas dos seus pais e que estão presentes desde o nascimento.

Essas variações podem afetar o modo como o seu corpo funciona e responde a certos estímulos. E podem fazer com que alguns genes funcionem de maneira diferente, alterando o risco de doenças, por exemplo.

Formas de identificar a predisposição genética para algo

Hoje em dia, é possível saber se você tem predisposição genética para várias doenças por meio de testes genéticos.

O teste analisa o DNA da pessoa por meio de uma amostra, que pode ser de sangue ou saliva, e identifica variações genéticas que podem aumentar o risco de desenvolver certas condições de saúde.

Eles podem mostrar riscos de câncer, doenças cardíacas, Alzheimer, entre outras.

Também podem identificar predisposições para intolerâncias alimentares (como à lactose) ou para condições como a calvície (queda de cabelo).

Se tenho predisposição genética para alguma condição é uma confirmação de que vou desenvolvê-la no futuro?

Não. Ter uma predisposição genética significa que há um risco aumentado de desenvolver determinada condição, mas não é uma certeza. A manifestação da condição depende de diversos fatores, incluindo estilo de vida, ambiente e fatores genéticos.

Um bom exemplo é a obesidade: uma pessoa com predisposição para essa condição pode manter o peso normal se tiver uma alimentação equilibrada e praticar atividade física.

O ambiente, o estilo de vida e os cuidados com a saúde fazem muita diferença. Isso vale para doenças como alguns tipos de câncer, pressão alta, diabetes e até condições relacionadas à saúde mental.

Como identificar a predisposição genética para alguma condição de saúde?

A identificação é feita por meio de testes genéticos que analisam variantes no DNA que contribuem para o desenvolvimento de diferentes condições.

Diferentemente dos testes genéticos recomendados por médicos para o diagnóstico de doenças genéticas, os testes preditivos podem ser adquiridos diretamente por uma pessoa para seu autoconhecimento.

Porém, um profissional de saúde pode auxiliar na interpretação dos resultados e recomendar medidas preventivas ou tratamentos adequados.

Além disso, o histórico familiar e exames clínicos complementares são importantes na avaliação do risco de desenvolver alguma condição.

Alguns exemplos de doenças e condições analisadas pelos testes são:

O laboratório Genera oferece o painel Escala de Risco Genético, que calcula, com base em um conjunto de variantes localizadas em diversos genes, se você pode ter um risco aumentado, padrão ou diminuído de desenvolver certas condições em comparação à média da população.

Qual a importância de identificar predisposições genéticas?

Conhecer as predisposições genéticas permite a adoção de medidas preventivas personalizadas, como mudanças no estilo de vida, monitoramento regular e intervenções precoces.

Isso pode reduzir o risco de desenvolvimento de doenças ou facilitar o diagnóstico em estágios iniciais, aumentando as chances de sucesso no tratamento.

Além disso, o teste genético contribui para decisões mais conscientes sobre saúde e bem-estar. Um estudo conduzido pela Genera, o primeiro laboratório de genômica pessoal do Brasil, em parceria com a USP, publicado em novembro de 2024 no Journal of Community Genetics, mostrou como esses testes influenciam hábitos de saúde.

No estudo feito com 1.513 clientes da marca, 64% dos entrevistados relataram mudanças no estilo de vida ou nos hábitos de saúde depois de conhecerem suas predisposições genéticas.

As alterações foram desde melhorias na alimentação (38,7%), até a adoção de check-ups regulares (24,2%), com foco na prevenção de doenças. Além disso, 16,5% aumentaram a prática de atividades físicas.

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Revisado por: Larissa Bonasser, Bióloga, Mestre em Ciências da Saúde e Analista de Pesquisa e Desenvolvimento na Genera